Futuro das cidades em debate

Estudantes, arquitetos e urbanistas discutiram sobre os eixos escola, profissão e cidade

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Como nas edições anteriores, o segundo dia do Congresso Itinerante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo foi marcado por oficinas dos eixos escola-profissão-cidade,  no período da tarde. Lotadas, foi assim que as salas das oficinas do Congresso Itinerante – etapa Lages permaneceram na tarde dessa sexta-feira, dia 14 de outubro.

Eixo escola
Com aproximadamente 30 anos de experiência, a arquiteta e urbanista Elisabete França falou no eixo escola. Ela enfatizou que o currículo das escolas de arquiteturas precisa ser alterado muito em breve, já que foram feitos por profissionais do século XX. “Eu gostei muito, porque a gente não tem muitos eventos como esse aqui em Lages. Até então, o que a gente via era somente a parte teórica das universidades. Aqui hoje, a Elisabete deixou bem claro que precisamos nos preocupar com o social e a sustentabilidade. Algo que faz toda diferença na nossa formação”, comentou Felipe Guedes.

Eixo Profissão
Com o tema Menção Pública da Arquitetura, o arquiteto e urbanista Luciano Margotto falou no eixo profissão sobre questões que pudessem gerar protótipos baseadas nas obras construídas e projetos já executados. De forma direta e bem objetiva, mostrou aos participantes que é preciso fazer arquitetura com paixão.

Na oportunidade, Luciano falou ainda de alguns trabalhos já premiados, como a sede do Sebrae em Brasília. “Tentei passar pra eles uma ideia mais holística da arquitetura”, ressaltou. Para a estudante de arquitetura e urbanismo Kélly Ferri, a palestra permitiu o aumento da troca de experiências.  Já o conselheiro do CAU/SC Rodrigo Kirck destacou que é fã dos projetos do Luciano Margotto. “Acho muito interessante como ele aborda a arquitetura em si, como função de resolver um programa, do que simplesmente ficar preso à estética, a um formalismo que às vezes é mera gratuidade”, detalhou.

Eixo cidade
Já no eixo cidade, o arquiteto e urbanista, Alexandre Pedrozo fez uma provocação sobre gestão urbana e a relação entre o planejamento e orçamento público. “Não adianta só você reconhecer os problemas das cidades e estruturar ideias e planos. Isso tem que estar estruturado com a questão financeira porque isso é um gargalo”, explicou. Para tentar esclarecer essa distorção, Alexandre usou exemplos do planejamento urbano de Curitiba, mostrando lados que deram certo e outros que não, como a questão de habitação e saneamento.

Exemplos que foram vistos com bons olhos pelo estudante de arquitetura Wallef Souza da Silva. “Achei legal saber como é o processo de construção de uma cidade, tem coisas que a gente imagina um preço, mas é outro. Uma apresentação excelente.”


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