Mês: julho 2017

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Sucesso para gestão de negócios de arquitetura depende de qualificação

Consultor em Planejamento estratégico Daniel Lucena **
INOVARE Gestão Estratégica Integrada

Nestes tempos de busca por mais rentabilidade e até sobrevivência, os arquitetos estão preocupados em mudar para serem mais competitivos e vender melhor. A regra é agir com ética, criar diferenciação com preço justo e definir perfeitamente o escopo de entregas. Porém, neste cenário, muitos arquitetos ainda têm problemas na gestão do seu negócio. Os maiores problemas estão no gerenciamento de pessoas – sejam estas equipes, parceiros ou mesmo os clientes – seguido da gestão financeira e marketing na web.

Arquitetos estão buscando competitividade em diversas frentes para a gestão do seu negócio. Encontram nas competências de diferentes parceiros, formas de alianças estratégicas entre escritórios com habilidades complementares. Todas as estratégias não são exatamente novas, sempre aconteceram, mas é cada dia mais evidente a necessidade de ser competentes na gestão do seu negócio de forma a não perder oportunidades e estar preparado para o crescimento quando este for iminente.

Mas, o que destaca um arquiteto de sucesso é na verdade a atenção à diferenciação na oferta, às necessidades dos consumidores, à experiência que proporcionam para seus clientes. Para isso precisam saber motivar pessoas, gerir projetos de forma planejada e individual, criar processos construtivos de trabalho, aonde é possível criar, aprender, remunerar e entregar o que se promete.

Gestão de negócios - oficinas do CAU/SC e Sebrae
Daniel Lucena durante as oficinas do projeto Arquitetando o Seu negócio, em Florianópolis

O desafio é fazer tudo isto sem falir, e, é nesse momento que é preciso saber o que fazer na gestão do seu negócio.

As novas tendências estão em todo o lugar e podem ser ameaças ou grandes oportunidades para arquitetos.Novos materiais tecnológicos aplicados em estruturas da construção civil ou interiores, a realidade virtual, impressora 3D, novos conceitos de vida praticados pelos consumidores, novos modelos familiares, a tecnologia da comunicação ultrapassando as fronteiras do computador e do celular. Tudo pode se traduzir em esforços para agregar valor aos Arquitetos. A tendência é sim mundial, ainda que cada país ou região exija respeito pelas questões culturais e sociais. Arquitetos lidam com espaços, sonhos e desejos de consumo, de vivência destes espaços. Sobretudo lidam com pessoas. Cada vez mais estão se dando conta do que é essencial para a gestão do seu negócio.

Os tempos são controversos. Ao mesmo tempo em que existe uma oferta para tudo e todos, existe restrições nestas ofertas, sobretudo em qualidade de prestação de serviços. Imagine que, ao ofertar um serviço qualquer, todo mundo lhe procurasse para comprar aquilo que você está vendendo. Rapidamente você concentraria esforços em expandir, em vender mais.

O problema é o que isso acontece com muitos mercados que são criados da noite para o dia e consequentemente desaparecem da mesma forma. Quando existem super demandas é preciso ter muita maturidade empresarial para manter a qualidade esperada. Quase sempre esta qualidade é comprometida. É então que nascem concorrentes mais aptos para atender aquele mercado.

Atualmente, tudo é muito segmentado, muito analisado e preparado para se gerar valor antes de entrar num mercado consumidor. Isto ocorre porque o mercado de massa é cada vez restrito e inatingível para micro e pequenos negócios. É preciso segmentar e atender com foco.

Os negócios percebem a hora de se reinventar simplesmente quando prestam atenção ao seu cliente. Quando prestam atenção em no consumidor-alvo do seu negócio e relacionam estas expectativas com o seu resultado.

A hora certa de buscar inovação é quando a empresa se permite ter um salto de maturidade.

Daí a coisa toda acontece com sinergia, com engajamento para a mudança. Por exemplo, uma empresa embrionária, que está desenvolvendo um software de projetos arquitetônicos em 3D, precisa ter um feedback constante sobre a usabilidade do seu produto junto ao seu público-alvo, do contrário não poderá entregar um produto que atenda as expectativas dos arquitetos que serão seus consumidores. É preciso ter este foco desde o início.

Independente do seu momento de ciclo de vida e foco, as empresas estão vivendo diferentes dramas com a crise econômica Brasileira. Na arquitetura, muitos arquitetos nos procuram preocupados em sobreviver, em não perder o espaço que conquistarem com tanto sacrifício até aqui, estão mais preocupados em ter clientes de qualidade do que mais volume de clientes… Muitos diminuíram suas estruturas de atendimento, desfizeram sociedade e agora querem gerenciar sozinhos o seu negócio.

Mas, costumamos dizer para eles que tomem muito cuidado. Àqueles que não pensam em crescer podem, em longo prazo, desaparecer do mercado. É preciso se reinventar com união e parceria.

Normalmente os empresários não buscam uma mudança significativa em seus modelos de negócios por causa do risco que envolve esta operação. É fácil se confundir, apostar na estratégia errada e falir! Este é o maior medo de quem sabe que precisa mudar. Por outro lado, só muda o modelo de gestão de negócio o empresário que, evidentemente, sabe que o modelo atual não serve mais, pois as vendas caíram e os custos não suportam a operação.

Este é talvez, o grande fenômeno que tem obrigado milhares de pessoas a serem empreendedores, ou pelo menos tentar ser. Veja, é abissal a diferença entre um empresário e um empreendedor. Basicamente, enquanto o primeiro busca eficiência, manutenção e crescimento, o segundo busca criar valor, mudar para ser melhor, um propósito. O empresário quer segurança e enfrenta o risco, o empreendedor busca o risco e tenta fazer isso com o máximo de retorno (financeiro, de satisfação pessoal) que lhe é permitido. São princípios diferentes. Por isso que o empreendedorismo está tão em alta, sobretudo porque gera engajamento de quem empreende.

A grande massa de arquitetos atua sozinho em sua profissão, muitos tem até dois sócios. Poucos crescem além disso. Dados da pesquisa sobre o perfil dos arquitetos, publicada pelo CAU em 2012, mostram este cenário e que estes profissionais estão buscando sim se capacitar para serem mais competitivos. Como não têm capacidade financeira para contratar outros profissionais, estão buscando alternativas com alianças estratégicas com outros profissionais ou escritórios que o ajudem a exercer a multidisciplinaridade.

Isto envolve o uso de softwares específicos, de serviços especializados, de tecnologias inovadoras, de propostas mais sociais e ambientais… quase tudo exige novas competências que vão além do que é ensinado na faculdade e experimentado no mercado de trabalho quando se inicia a carreira.

Os profissionais estão buscando cursos e capacitações que agreguem valor ao que fazem, complementem o seu negócio e gerem competitividade. Tudo isso é investimento.

Não existe um modelo de gestão ideal, sobretudo para quem já tem uma fórmula que funciona, ainda que não plenamente. Os arquitetos devem respeitar seus espaços e sua forma de trabalho, mudar naquilo que facilitará a sua vida profissional e poderá trazer resultados. A linha entre o que se deve fazer e o que se pode fazer é muito tênue… muitas vezes as mudanças podem ser traumáticas pois não foram bem pensadas, não se planejou direito.

Cada vez mais os gurus de mercado, os especialistas e cientistas políticos estão apontando para mudanças expressivas e profundas nas formas de se fazer negócios, de se relacionar profissionalmente. Resumidamente, a Internet não pode ser ignorada para nenhuma profissão. Aquilo que ainda é inteiramente analógico, pessoal e off-line sumariamente passará a ser  em maior ou menor grau, também on-line.  Para os arquitetos vejo que é preciso união, coesão na oferta e a ajuda de entidades e profissionais que tentem entender quais as melhores relações, práticas, métodos e formas de relacionamento entre pares, clientes e fornecedores para criar um atendimento on-line com mais e melhores propostas de valor agregadas ao seu trabalho, a sua entrega. Esta modelagem não está formada, não é estanque, pelo contrário, precisa ser muito discutida para não ser tão traumática.

 

** Daniel Lucena é graduado em administração e mestre em Planejamento estratégico. Ele é consultor do Sebrae/SC e junto ao também consultor Alexandre Vecchietti ministra as oficinas do Projeto Arquitetando o seu negócio – Capacitação oferecida à arquitetos e urbanista pelo CAU/SC em parceria com o Sebrae/SC.

Saiba mais sobre o Arquitetando o Seu Negócio. 


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7 coisas que você precisa lembrar ao exercer Arquitetura e Urbanismo

Veja algumas das regras imprescindíveis para você garantir ser um profissional de arquitetura e urbanismo ético e bem sucedido

Comunicação CAU/SC

Mensalmente, a Comissão de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CED) analisa inúmeros casos de má conduta profissional. Da prática irregular de reserva técnica à falta de placas em obras. São diversos tipos de infrações contra o código de ética profissional e às leis que regulamentam a profissão no Brasil.

Publicado em setembro de 2013, o Código de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo aponta regras de postura e comprometimento profissional que tem como intuito qualificar o mercado de trabalho e cultivar as boas relações entre profissionais, clientes e parceiros. Ao cometer uma infração, o profissional fica sujeito às sanções ético-disciplinares que podem prejudicar sua atuação.

Nesta publicação, selecionamos sete regras imprescindíveis para te ajudar a conquistar uma carreira tranquila, bem sucedida, e livre de sanções ético-disciplinares.


1. Para alterar o projeto de outro profissional, você precisa de autorização!

Conforme a recomendação da regra nº 5.2.14 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR, o profissional de arquitetura e urbanismo encarregado da direção, fiscalização ou assistência técnica à execução de obra projetada por outro colega deve declarar-se impedido de fazer e de permitir que se façam modificações nas dimensões, configurações e especificações e outras características, sem a prévia concordância do autor do projeto.


2. Lembre-se de reconhecer e registrar a coautoria de projetos em parceria.

Respeitar e reconhecer o trabalho desenvolvido por colegas em parcerias é dever de todo arquiteto e urbanista. A Regra nº 5.2.12 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR determina que, em cada projeto, obra ou serviço, as situações de coautoria e outras participações sejam especificados. A determinação também é descrita no art. 14 da Lei nº 12.378/2010 da Constituição Federal.


3. Não esqueça a placa com dados de identificação!

A visibilidade das informações sobre o responsável técnico pela obra é um dos pré-requisitos para a regularidade da construção. Durante a execução da obra, há informações que precisam estar visíveis. São elas o nome do arquiteto e urbanista ou empresa de arquitetura e urbanismo responsável, o serviço que está em andamento, o número de registro no CAU e outras informações de contato devem ser divulgadas. Conforme a regra nº 2.2.8 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR essas informações devem ser públicas e visíveis, à frente da edificação objeto da atividade realizada, conforme o especificado no art. 14 da Lei n° 12.378/2010.


4. As atividades técnicas de arquitetura e urbanismo precisam de Registo de Responsabilidade Técnica (RRT).

Para fins de comprovação de autoria, participação e de formação de acervo técnico, o arquiteto e urbanista deve registrar seus projetos e demais trabalhos técnicos no CAU. Além de garantir à sociedade o comprometimento do profissional responsável pelo serviço, o RRT também tem fins de comprovação de direitos autorais. Essa determinação está prevista nos artigos 13 e 18 da Lei nº 12.378/2010, legislação que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo.


5. Regularize sua proposta técnica através de um contrato.

Você e seu cliente precisam de segurança. Por isso, conforme a regra nº 4.2.10 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR, ao formular uma proposta técnica você deve elaborar um contrato escrito. Esta formalização do serviço será um guia dos compromissos firmados entre o arquiteto contratado e o cliente contratante. Além das questões legais, devem constar no documento: Detalhamento dos produtos técnicos a produzidos –  natureza e âmbito;  etapas e prazos;  remuneração proposta e as formas de pagamento.


6. Comissões e reserva técnica? Nem pensar!

O assunto é polêmico, mas a regra é clara! Conforme a regra nº 3.2.16 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR: “O arquiteto e urbanista deve recusar-se a receber, sob qualquer pretexto, qualquer honorário, provento, remuneração, comissão, gratificação, vantagem, retribuição ou presente de qualquer natureza – seja na forma de consultoria, produto, mercadoria ou mão de obra – oferecida pelos fornecedores de insumos de seus contratantes”. A infração também é prevista no inciso VI do art. 18 da Lei n° 12.378, de 2010.


7. Especificar produtos a fim de receber viagens vinculadas a programas de pontuações também configura falta ética.

A mesma regra (nº 3.2.16 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR ) vale para os programas de pontuação que preveem vantagens e viagens aos profissionais que especificarem produtos aos seus clientes, através de um vínculo com um fornecedor. O CAU/SC acredita que a partir de uma relação transparente entre arquiteto e cliente é possível se valorizar a profissão. Por isso, incentiva boas práticas. Desse modo, o trabalho de um arquiteto e urbanista deverá ter a remuneração merecida a partir do próprio trabalho, e não por meio de comissões.

 

 

 

Leia também: Projeto de Lei pretende criminalizar o exercício ilegal das profissões de arquiteto e urbanista


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IAB/SC promove novas edições do Curso de Revit

Instituto de Arquitetos do Brasil - Santa Catarina
IAB/SC

O IAB/SC promove mais duas edições do Curso de Revit. O curso será realizado na sala 401 da UNISUL – Campus Grande Florianópolis – Dib Mussi Rua Antônio Dib Mussi, 366, Centro, Florianópolis, SC. O treinamento ocorre em duas datas.

A primeira será nos dias 11 e 12 de agosto. Já o segundo modulo será nos dias 18 e 19 de agosto. Mais de 20 turmas de Curso de Revit já foram promovidas. Algumas em universidades como a Univali e Uniasselvi.

O Curso de Revit será ministrado pelo Arquiteto e Urbanista Rodrigo Augusto FornaraCAU A73258-3. Fornara é graduado em Arquitetura e Urbanismo – Universidade do Vale do Itajaí (2012) e possui o Autodesk Certified Professional. Atua com treinamentos e consultorias em BIM desde 2011. Também atuou como BIM Manager em grandes projetos industriais e atualmente é sócio-diretor de uma empresa especializada em projetos com uso da tecnologia BIM. Também foi instrutor autorizado Autodesk, ministrando turmas pelo Centro de Treinamento Autorizado TKS Tecnologia, de Curitiba.

O Revit é um software de projeto criado especialmente para a modelagem de informações de construção (BIM).Software utiliza uma abordagem diferente na produção de documentos para construção. Para criar o Modelo Virtual os usuários devem aprender a utilizar as ferramentas especializadas para cada elemento construtivo, e como fazer com que cada elementos interaja apropriadamente com os demais elementos.

Inscrições e maiores informações sobre o curso:

WhatsApp 48- 9910.68538 das 13hs as 19hs ou pelo e-mail: eventos@iab-sc.org.br

 

Valores do Curso de Revit:
Associados IAB        R$ 1.000,00
Não Associados        R$1.700,00

Turmas para 10 alunos

Carga Horária de 24 horas/aula.

 

Módulo I

11 de agosto – das 13hs às 21hs

12 de agosto – das 09hs às 13hs


Módulo II

18 de agosto –  das 13hs às 21hs

19 de agosto – das 09hs às 13hs

É necessário levar para o treinamento o Notebook com  o Software: Autodesk Revit 2018.

 

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

PERÍODO 1 (4h)

  • Introdução à tecnologia BIM
  • Interface
  • Adicionando Paredes
  • Elevações Exteriores e Níveis
  • Vinculando (Linking)/Importando/Exportando Arquivos CAD

PERÍODO 2 (4h)

  • Selecionando e Modificando Objetos e Dimensionamento
  • Adicionando Portas
  • Adicionando Janelas
  • Eixos (Grids)

PERÍODO 3 (4h)

  • Ambientes (Rooms)
  • Vistas de Modelos e Controlando as Aparências Gráficas
  • Anotações
  • Marcando (Tagging) e Tabulando Vistas

PERÍODO 4 (4h)

  • Adicionando Componentes
  • Pisos
  • Vistas de Cortes
  • Forros

PERÍODO 5 (4h)

  • Telhados
  • Escadas, Rampas e Corrimãos/Guarda-Corpos
  • Peles de Vidro (Curtain Walls)
  • Editando Paredes

PERÍODO 6 (4h)

  • Configurando Vistas
  • Pranchas e Impressão
  • Fases
  • Vistas de Detalhes e Detalhamento
  • Grupos