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Representantes de seis CAU/UFs, do CAU Brasil e convidados da iniciativa privada, órgãos governamentais e instituições da sociedade civil participaram, no último dia 24 de novembro, do 1º Encontro Nacional Comissões BIM e Afins. BIM vem do inglês Building Information Modelling. A tradução para o português é Modelagem da Informação da Construção. Trata-se de uma metodologia digital que envolve toda a cadeia de processos e atividades da área de AEC – Arquitetura, Engenharia e Construção.

Promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina, o evento on-line apresentou uma questão para o debate: “Qual o papel dos conselhos na transformação digital?”. A partir das propostas dos convidados, o CAU/SC lançará um documento com diversos signatários. Para a presidente do CAU/SC, Patrícia Sarquis Herden, o evento foi uma excelente oportunidade de aprendizado e troca de experiências e informações em BIM, com diferentes olhares e contribuições para o tema.

“Agora, queremos fomentar o processo colaborativo, definir parcerias e somar esforços em diferentes níveis e esferas”. A Câmara Temática BIM, do CAU/SC, trabalha no viés da multidisciplinaridade, contando com profissionais de diferentes áreas. Atuando há 6 meses, a câmara planeja para 2022 um diagnóstico BIM junto aos dez maiores municípios de Santa Catarina.

O conselheiro Rogério Markiewicz, da Comissão de Políticas Profissional do CAU Brasil, destacou a intenção da CPP de democratizar ao máximo o acesso não apenas BIM como também outras ferramentas e plataformas complementares ao dia a dia dos profissionais, tornando-as mais acessíveis financeiramente, por meio de convênios, e promovendo a inclusão igualitária no mercado de trabalho. “Devemos pensar BIM como uma transição para mais tecnologias e estender ao máximo esse e outros programas”. O presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-BR), Danilo Batista, lembrou que 93% dos escritórios de arquitetura são considerados pequenos e “precisariam de financiamento e apoio para custeio de softwares”.

Os convidados também ressaltaram a qualificação profissional como parte do alicerce para consolidação da metodologia. A conselheira Bianca Sivolella, membro do GT Tecnologia do CAU/RJ, sugeriu ações voltadas à formação continuada. Segundo ela, existem profissionais com experiência em obras mas sem aderência para abraçar essa tecnologia. A conselheira Jéssica Sphaer, da Comissão de Transformação Digital do CAU/DF, indicou como opção uma cooperação técnica entre CAU/UFs para capacitação profissional e também a elaboração de cartilhas para estudantes e profissionais já estabelecidos no mercado. Representando os CAU/UFs também participaram Juliana Saldanha (CAU/CE), Edmo Campos (CAU/PI), André Nör (CAU/MT, presidente) e Larissa Cayeres (CAU/DF).

Além da infraestrutura e capacitação profissional, outros desafios foram citados. Gustavo Carezzato, diretor geral da América Latina da Graphisoft, empresa que mantém parceria com o CAU Brasil, ressaltou as diferentes realidades dos municípios indicando que há muitos sem acesso à internet e outros em que o sinal é ruim. Ao citar os seis princípios do Open BIM, Yasmin Herden, certificada pela Building Smart Internacional, agregou mais item tecnológico: “os dados precisam ter longevidade e estar disponíveis a longo prazo”.

Palestrantes

A programação do 1º Encontro Nacional Comissões BIM e Afins incluiu oito mini palestras, que contaram com a particiação de: Rodrigo Koerich, da Rede Catarinense de Inovação (RECEPETI), detalhou decretos nacionais envolvendo trâmites de BIM; Rafael Fernandes, do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), tratou do impacto da Nova Lei de Licitações em obras públicas, Yasmin Herden, certificada pela Building Smart Internacional, explanou sobre Padrões Neutros de Interoperabilidade; Lauren Salla, da Coordenadoria de Modelagem da Informação (COMOD – Secretaria de Estado e Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina/SIE), apresentou decretos estaduais específicos de BIM, Rogério Lima falou sobre formação acadêmica, pesquisa e cursos livres em BIM; Alessandra Lacerda elencou trâmites BIM em instâncias federais e apresentou o BIM Fórum Brasil (BFB); e Danilo Batista, da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-BR), abordou o panorama e o impacto BIM para os escritórios de arquitetura.

O evento na íntegra pode ser visto no Canal do CAU/SC no YouTube.

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