Premiado
Autor: Anderson Cechinel Lúcio – Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC (Orientador: Ademir França)
Trabalho: Terminal Intermodal em Criciúma/SC. Mobilidade e Qualificação Urbana.
Resumo (texto fornecido pelo autor)
A mobilidade urbana é uma discussão cada vez mais presente junto ao cotidiano das cidades. A
busca por soluções é uma tarefa constante, sendo que a mobilidade está diretamente ligada ao
desenvolvimento de um município. O presente trabalho busca a consciência e preocupação para o
melhoramento da mobilidade, fortalecendo a integração com o sistema de transporte coletivo e
as relações de transportes intermunicipais das cidades vizinhas de Criciúma, formando um plano
geral que favoreça desde o transporte de massa até o transporte individual não motorizado. Com
isso houve a necessidade de pensar um terminal que englobe uma diversidade maior de meios de
locomoção, uma nova estruturação urbana para a cidade de Criciúma, sendo focado no transporte
coletivo como eixo de desenvolvimento econômico de toda a região.

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Premiado
Autor: Felipe Braibante Kaspary – Universidade Do Vale Do Itajaí – Univali (Orientador: Lisete Terezinha Assen de Oliveira)
Trabalho: H2O+O2
Resumo (texto fornecido pelo autor)
O projeto proposto é para o Município de Rio do Sul (SC), e tem como objetivo promover uma
maior valorização e conscientização ambiental sanando o problema gerado pelas cheias do Rio
Itajaí – Açú (enchentes), ou seja, se antes as cheias causavam sofrimento perda e desgaste
ambiental, com o projeto proposto passaria então a ser um elemento potencializador para o
município, no sentido social (deixaria de existir perdas materiais e desgaste emocional), de
paisagem (enchimento dos «bolsões» gerando flexibilidade na paisagem), ambiental (reuso do
excesso de água pluvial) e social. O projeto mescla os sistemas de infraestrutura, espaços públicos
e propostas urbanísticas, sendo estes três os estruturadores da proposta, onde em conjunto farão
um maior alcance dos ideais lançados, tendo o projeto como um meio e parte do processo de
formação da cidade. A proposta ainda engloba alguns usos de diferentes escalas, sempre
vinculados aos interesses esportivos, culturais, educacionais, sociais e ambientais, inseridos na
área onde estão locados os bolsões de retenção de água, fazendo com que estes ganhem ainda
mais potenciais, além de sanar o principal problema ambiental do município, tem a função de
fornecer a cidade espaços de cultura, esportes, educação e moradia. Formando assim um processo
embasado em princípios de sustentabilidade, estimulando o equilíbrio dos fatores ambientais,
sociais e econômicos.

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Premiado
Autor: Guilherme Augusto Linhares Vendrami – FURB – Universidade Regional de Blumenau (Orientador: Guido Paulo Kaestner Neto)
Trabalho: Adaptação Rizomática – Novos Olhares na Comunidade Coripós
Resumo (texto fornecido pelo autor)
O projeto tem por objetivo materializar uma nova tipologia de construção para áreas de risco, ao
mesmo tempo fomentando a comunidade a participar do processo de construção do espaço, e por
uma reflexão essencial do que hoje entendemos por área de risco. O trabalho envolve uma crítica
sobre a cidade de Blumenau e como foi colonizada, junto ao seu rio, o rio Itajaí-Açu e seus vastos
vales, como sendo os grandes transformadores do espaço. Mas esses transformadores acabam se
tornando problemas ao dar de encontro com a prepotência do homem, em sua essência, sobre
seu sistema de adaptação com o lugar. Uma forma de habitar, aliada a um mal planejamento de
adaptação do homem em relação ao meio ambiente, trazem sérios problemas ao espaço habitado.
Deslizamentos de terra e enchentes acontecem praticamente todo o ano em Blumenau,
destruindo lares e muitas vezes até vidas. Muitos dos desastres acontecem em ocupações
informais, também tema de fundamental importância no trabalho e retratado com grande
potencialidade. O trabalho parte da reflexão sobre o nosso modo de habitar e se adaptar ao meio,
até uma tipologia construtiva alternativa na comunidade Coripós, com o objetivo principal de
conversar e se adaptar ao ambiente natural através de uma solução essencialmente sustentável.
Envolvendo conscientização ambiental, apoio das comunidades e uma nova forma de enxergar a
cidade, podemos mudar a nossa visão sobre como a ocupamos, formando uma sociedade mais
atenta e preocupada com o meio.

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Premiado
Autor: Thiago Xavier Costa – Universidade Federal de Santa Catarina (Orientador: Almir Francisco Reis)
Trabalho: Vila Aparecida. Parte integrante e viva de Florianópolis
Resumo (texto fornecido pelo autor)
Vila Aparecida – Parte integrante e viva da cidade de Florianópolis A Vila Aparecida é um conjunto
de cinco comunidades as margens da BR-282, principal acesso rodoviário da cidade de
Florianópolis. São cerca de quatro mil pessoas, reunidos em famílias com renda média de 1 a 2
salários mínimos e que vivem ao redor de um terreno privado e desde sempre desocupado de
60.000m². Tendo em vista alguns problemas como a falta de acesso de serviços públicos básicos,
infraestrutura pública precária e habitações localizadas em áreas com risco de deslizamento a
prefeitura municipal em 2011 licitou um projeto de reurbanização destas comunidades. E fez um
acordo com a empresa privada, dona do terreno central às comunidades, onde 1/3 foi doado para
a prefeitura em troca de maior índice construtivo no terreno restante. Para este novo espaço a
prefeitura está prevendo a implantação de uma creche, uma praça e alguns blocos habitacionais.
Este trabalho caracteriza-se como uma crítica ao projeto apresentado pela prefeitura para o
centro das comunidades, onde as principais críticas levantadas são: Não tira partido das condições
locais: O terreno possui um desnível ascendente de 20 metros sentido à Rua da Fonte. O projeto
não tira partido deste fato e a relação com a principal via do complexo é dada apenas por uma
rampa, sem buscar qualquer integração com o eixo de principal vida das comunidades. A
implantação dos edifícios não busca uma melhor insolação para as unidades nem uma melhor
relação com a rua e sim apenas uma disposição quantitativa dos blocos. Tipologia em condomínios
fechados: Os vinte blocos habitacionais estão divididos em quatro condomínios fechados de uso
exclusivo residencial. A partir das últimas análises sobre as novas unidades habitacionais que vem
sendo construídas no país, para renda de até três salários mínimos, é comum o número crescente
de inadimplência das taxas condominiais. Já que o ônus destas é muito maior em relação às de
financiamento. Formas como a mistura de usos com o aluguel de salas comerciais pode propiciar
uma ajuda de custo para os habitantes. Não construção de cidades: Pensar habitação sem pensar
cidade é incompatível, ainda mais sendo o poder público o projetista. A monofuncionalidade das
cidades é um problema grave já combatido desde os anos 60, liderado por críticos dos planos
urbanísticos moderno, como Jane Jacobs. Ela cita que a grande virtude das cidades é a quantidade
de pessoas diferentes que ela abriga e o modo distinto como cada uma vive o meio urbano. E a
possibilidade de potencializar esta pluralidade, cria cidades melhores, em que problemas sociais
como a violência podem ser combatidos pela maneira como as projetamos. Onde locais que
concentre diferentes pessoas, em diferentes períodos do dia, fazendo coisas diferentes são muito
mais seguros que blocos monofuncionais. Portanto o objetivo deste trabalho é a elaboração de
um novo projeto habitacional multifamiliar que busque requalificar a área com programas de uso
misto, a fim de potencializar a vitalidade dos espaços públicos, que atendam não apenas as
demandas das comunidades do complexo Vila Aparecida, mas também aos demais habitantes da
cidade de Florianópolis.

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Premiado
Autor: Matheus Rossarolla – Universidade do Sul de Santa Catarina (Orientador: Arlis Buhl Peres)
Trabalho: Habitação De Interesse Social: Consolidação de Uma Zeis em São Miguel do Oeste – SC
Resumo (texto fornecido pelo autor)
A crescente demanda pela habitação social nos municípios brasileiros é caracterizada não só pela
falta de planejamento urbano e incentivo público em relação às classes mais baixas, mas por
vários fatores que justificam a importância desse modelo habitacional na estruturação urbana das
pequenas e grandes cidades. Apesar do Estatuto da Cidade prever, com a criação das ZEIS (Zonas
Especiais de Interesse Social), a regularização fundiária e a oferta de moradias mais dignas, outra
realidade é encontrada em alguns locais. Em São Miguel do Oeste, cidade pólo do extremo oeste
catarinense, essa demanda existe em virtude de algumas áreas que apresentam habitações
irregulares e condições mínimas de saneamento básico. Com o Plano Diretor de 2010, o município
mapeou algumas áreas a fim de desapropriar algumas favelas e realocar algumas famílias. As AEIS
(Áreas Especiais de Interesse Social) foram implantadas nas possíveis áreas de expansão da cidade,
onde fora proposto ainda o remanejamento de algumas favelas para esses locais, como é o caso
da comunidade do Morro da Fumaça. Essa comunidade localizava-se no bairro Salete e fora
remanejada para a comunidade Vila Nova I e Vila Nova II no bairro São Luiz, distante
aproximadamente 2 km do centro da cidade. Por ser uma comunidade criada recentemente e não
possuir uma infraestrutura satisfatória, se comparada ao centro e outros bairros de SMO, a Vila
Nova I e II estão em uma área urbana consolidada e fazem parte de um plano de expansão do
município, que visa o crescimento nessa direção. Portanto, esse trabalho propõe a requalificação
dessa área através da recuperação da orla do Rio Guamerim – que atualmente encontra-se poluído
– com a criação de um parque contemplando áreas de lazer e esporte, bem como eixos de
caminhada e ciclovias interligadas; da inserção de tipologias habitacionais para realocar famílias
que ainda vivem em favelas do município; da integração com o IFSC (Instituto Federal de Santa
Catarina) – visto que atualmente o instituto realiza algumas atividades com a população do Vila
Nova I e II – através de pequenas praças, eixos visuais e de pedestres; da integração entre o meio
urbano e rural através da pavimentação das vias e do passeio público visando o crescimento
futuro; da disposição de um centro comunitário – reinvindicação das famílias – com o intuito de
permitir que os jovens busquem uma qualificação profissional, sendo esse centro de grande
importância para a realização de encontros e oficinas com as famílias. E por fim, um desenho de
quadra voltado para a rua, onde os edifícios e as áreas de comércio presente nos térreos
contribuam para a vitalidade das ruas e seja um atrativo para a população do bairro, visto que
uma nova centralidade será proposta com a requalificação e consolidação dessa área.

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Menção Honrosa
Autor: Guilherme Vettoretti Gomes – Universidade do Sul de Santa Catarina (Orientador: Cristiano Fontes de Oliveira)
Trabalho: Integração Urbana no Maciço do Morro da Cruz
Resumo (texto fornecido pelo autor)
O Trabalho apresenta o resultado de pesquisas, estudos e projetos desenvolvidos com a intenção
de criar uma qualificação urbana em um recorte no Maciço do Morro da Cruz na região central de
Florianópolis/SC. A área apresenta uma geomorfologia determinante para a forma como se
desenvolveu sua ocupação ao longo do tempo e para os principais problemas relacionados as
áreas de risco e saneamento básico que hoje enfrentam a maioria dos moradores da região como
em muitas partes do Brasil. O projeto tentou explorar a informalidade espacial, características
destas formações urbanas irregulares, maximizando ao máximo pequenos espaços e dando
continuidade aos mesmos, possibilitando o percurso local vir a se conectar a uma malha de escala
maior. Dar continuidade ao movimento natural, tanto na escala da cidade quanto local, na
perspectiva dos pedestres e dos veículos, para otimizar o fluxo e segurança foi umas das
condicionantes mais fortes. O partido arquitetônico visou a necessidade de uma arquitetura de
caráter mais silenciosa, ou mesmo discreta, para não gerar um desconforto local, dando
continuidade ao existente, possibilitando assim, minimizar um possível processo de gentrificação
social. O espaço físico deve agir como revitalizador urbano, onde as edificações criarão um
impacto positivo nas comunidades, como referencial projetual. Por localizar-se em uma área de
ocupação informal optou-se por uma implantação que representasse esta realidade caótica de
ocupação do solo, criando fitas edificáveis que levassem a pequenos recantos, sendo estes, praças,
decks/mirante ou mesmo a funções específicas do mix comercial do embasamento da
implantação. Foi proposto uma mistura de usos como residencial, comercial, comunitário e de
lazer, sendo alguns públicos e outros privados. O uso desse programa variado, sendo eles
conectados entre si para haver uma permanência mais prolongada e uma democratização do
espaço por uma variação maior de público, fornecendo o direito a cidade a um maior número de
habitantes. O exercício de trabalhar em uma área com a parte física de difícil compreensão, por
ter um histórico de ocupação caótico propondo uma intervenção que venha a ter um desempenho
de otimizar a área, mas ou mesmo tempo respeitando suas características sociais e morfológicas
locais foi um desafio, tanto na escala urbana quando na delimitação do espaço construído pela
arquitetura.

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Menção Honrosa
Autor: Consuelo Marcieli Lucho Van Caeneghem – Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Orientador: Ana Laura Vianna Villela, Luana
Peroza Piaia)
Trabalho: Rio Parque Chapecó – Apropriação em APP urbana: conectando pessoas e rios.
Resumo (texto fornecido pelo autor)
presente trabalho foi desenvolvido através de levantamento e análise de dados dos rios urbanos
no município de Chapecó/SC. Numa área total de 38 hectares às margens do Rio Passo dos Índios,
Lajeado Passo dos Forte e da Sanga Iracema, conectando 8 bairros da porção central de Chapecó,
insere-se o Rio Parque Chapecó. Atualmente é composto por 5 hectares de áreas verdes e
públicas, Áreas de Preservação Permanentes, áreas de interesse ambiental, 3 córregos, 127
residências instaladas irregularmente e áreas públicas e privadas subutilizadas. A requalificação
urbana através do parque linear articula despoluindo, requalificando e valorizando a cidade a
partir da redescoberta dos rios urbanos no município. Partindo das pessoas, a proposta é intervir
no meio urbano de forma orgânica e fluída, permitindo que o pedestre tenha oportunidades
diversificadas de convívio social, cultura, alimentação e lazer ao longo dos 4,5 km do rio
mostrando a importância da relação pessoas – rio – cidade.

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Menção Honrosa
Autora: Geruza Kretzer – Universidade Federal de Santa Catarina (Orientador: Renato Tibiriça de Saboya)
Trabalho: Ensaio de Reordenamento Territorial: Urbanidade e Resiliência em Brusque-SC
Resumo (texto fornecido pelo autor)
O centro de Brusque vem passando por processos de transformação e renovação desde sua
colonização, e, ocasionalmente sofre com enchentes que causam grandes prejuízos para a
indústria, o comércio e principalmente para as famílias em todo o município. Com a evolução
urbana o rio passou a ter menos importância e ganhou a fama de “vilão” da cidade. Atualmente é
visto como uma ameaça ao bem estar, à saúde e à segurança da população. Do ponto de vista
urbano, é um corredor viário e um obstáculo à circulação, pois as conexões entre as duas margens
priorizando os pedestres são poucas. A área escolhida para o desenvolvimento do trabalho tem
grande potencial para promover e facilitar a circulação de pedestres e à vida na cidade.
Atualmente, a área não se conecta com o entorno, e o que é próximo visualmente, como as
margens do rio, se torna muitas vezes distante fisicamente. Assim, o projeto propõe requalificar e
formular novas conexões com o entorno, reordenar os usos e ocupações da área e incorporar o
Rio Itajaí-Mirim as propostas projetuais para o tecido urbano. Além disso, foi proposta uma maior
resiliência em relação as inundações e enchentes, que são causadas em grande parte pelo solo
compactado e falta de drenagem eficiente. O trabalho buscou usar estratégias que minimizem e
ajudem a superar parte dos efeitos negativos desses desastres na cidade, com uso de uma
urbanização mais sustentável, na qual as camadas que formam a cidade possam agir em conjunto
e assim trabalhar em um sistema integrado.

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