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Há 150 anos os italianos chegavam nas terras brasileiras e eles contribuíram significamente na ocupação do nosso território.

Desde 2008, o governo brasileiro reconhece o dia 21 de fevereiro como o dia do imigrante italiano. Foi neste dia, no ano de 1874, que 386 italianos desembarcaram em Vitória, no Espírito Santo. Muitos outros chegaram depois e diversas famílias tiveram Santa Catarina como seu novo lar. Eles deixaram suas marcas na configuração das paisagens urbanas e rurais, e na origem ou crescimento de várias cidades. As principais influências são vistas no Vale do Rio Itajaí-Açú (Ascurra, Rio dos Cedros, Rodeio), no sul do Estado (Criciúma, Nova Veneza, São Ludgero, Urussanga, Treviso, dentre outras) e no Vale do rio Itajaí-Mirim e Vale do rio Tijucas (Brusque, Nova Trento, São João Batista). Num segundo momento a influência chegou no meio-oeste e oeste catarinenses junto com os imigrantes vindos de outras regiões do Paraná e Rio Grande do Sul.

 

Imagem: Iphan

 

 

A Propriedade Bez Fontana, em Urussanga-SC, é de 1927. A residência é formada por sobrado em madeira e, separada do corpo principal da casa, cozinha em alvenaria de tijolos rebocados. Possui cobertura em duas águas, sendo que a propriedade ainda mantém equipamentos e ferramentas utilizados na serraria e marcenaria. Os equipamentos industriais são movidos por rodas d’água. Na propriedade ainda se encontram móveis antigos e negativos em vidro. Inclui sobrado, oratório, serraria e engenho movido por roda d’água.
Fontes: Ipatrimonio.org, Iphan e UDESC.

 

 

 

A arquitetura ítalo-brasileira de Santa Catarina faz parte de um relevante acervo do patrimônio cultural edificado relacionado à imigração, com vários exemplares preservados e características construtivas diversas, que muitas vezes tiveram influência de outras tipologias arquitetônicas (ou as influenciaram), tais como a luso-brasileira e a técnica enxaimel (teuto-brasileira). “Destaco os sobrados em alvenaria de pedra aparente existentes no sul catarinense, como a Casa Luiz Bratti (Nova Veneza) e as edificações em madeira, como a propriedade rural Bez Fontana, a qual preserva todo o conjunto que testemunha o modo de vida e a produção dos colonos no meio rural, com serraria, engenho, roda d´água e oratório, inserido numa pela paisagem natural.” Anne Soto, Arquiteta e Urbanista e conselheira do CAU/SC

Foto: José Luiz Ronconi

 

 

O conjunto de casas foram construídos com pedra ferro e barro por Luiz Bratti e demorou 14 anos para ficarem prontas. São divididas em três unidades, a estrebaria utilizada para guardar animais e mantimentos. A cozinha utilizada para realizar as refeições diárias. E o dormitório onde a família com vários filhos dormia. As casas estão abertas para visitação e são conservadas exatamente como naquela época.
Fonte: site Visite Nova Veneza


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