Seminário discute a formação de Arquitetos e Urbanistas

Ensino à Distância foi um dos desafios contemporâneos debatidos, na presença do presidente do Conselho Nacional de Educação

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As conselheiras Rosana Silveira e Silvya Caprario, coordenadora e coordenadora-adjunta da Comissão de Ensino e Formação do CAU/SC, participaram em Brasília, de 18 a 20 de setembro, do II Seminário Nacional de Formação do CAU. A programação incluiu palestras do presidente do Conselho Nacional de Educação, Luis Roberto Liza Cury, da assessora da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Clarissa Tagliari, e do representante da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Lucas Resende Salviano.

Coube a Cury delinear o panorama do acesso, permanência e resultado do ensino brasileiro, com a experiência de quem é relator da matéria que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Conforme apresentou, 99% do texto tem coincidência com a proposta apresentada pelo CAU e IAB, o que significa que as diretrizes estão bem encaminhadas.

Representando a SERES, setor do MEC responsável por autorizar o funcionamento de IES, Clarissa Tagliari trouxe dados relevantes do Censo da Educação Superior 2021:

– são 705 cursos de Arquitetura e Urbanismo em funcionamento no país.

– apenas 10% das instituições oferecem ensino público.

– 95% dos estudantes – o equivalente a 112 mil – ingressou sob a modalidade presencial.

– a maioria (67,1%) é formada por mulheres e pessoas brancas (52%), seguido de pessoas pardas (24%).

– a maior concentração das matrículas se dá na região Sudeste.

Dentre os desafios contemporâneos tratados no Seminário está o Ensino à Distância. Segundo Cury, o problema do EAD é a reprodução burocrática da modalidade presencial. “Não sou contra EAD. Ele tem uma perspectiva de acolhimento e correção de assimetrias. Mas ele precisa incentivar experiências presenciais e ter compromisso formativo adequado”, defendeu. Na mesma linha, criticou os cursos superiores que privilegiam a educação tradicional em sala de aula em detrimento da oferta de experiências criativas e mais aderentes à realidade, sobre a qual os futuros profissionais precisarão atuar. “As escolas são conteudistas, com pouco espaço de diversidade e flexibilidade. Precisamos oferecer autonomia intelectual, leitura, pesquisa e extensão no projeto pedagógico”, reforçou Cury.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conselheiras Silvya e Rosana com a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães

 

 

  • Publicado em 21.09.2023.

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